sábado, 5 de novembro de 2011

PENSAR MAGRO


A partir do dia do dia 04 de outubro de 2011, por ordem da ANVISA não pode em todo o Território Nacional se fazer uso de ANFEPRAMONA nem FENPROPOREX, duas medicações que auxiliavam no tratamento da obesidade. Desde esta data em diante, quem se propuser a perder o excesso de peso, tem em primeiro lugar colocar esta meta como prioridade e se esforçar ao Maximo para que os resultados sejam favoráveis.Existem medicações alternativas: fórmulas sacietogenas, termogenicas e formulas inibidoras de apetite que vão ajudar e muito, mas vai depender muito de você, pois você terá que mudar seus hábitos alimentares, abrir mão daquela cervejinha e lembrar sempre que quem tem tendência a ganhar peso terá que se cuidar o resto da vida: se um dia você abusou, no outro dia você compensa,e começar a Pensar Magro .
Eu tenho recebido no meu consultório pacientes em media com aproximadamente 05 anos Pós Cirurgia Bariátrica e estes pacientes estão engordando, e eles não ganham 2, 3 kilos não eles ganham 15, 20 kilos e a meu ver ganharam porque continuaram a Pensar Como Gordos, portanto pense como magro, e pensar como magro é :

Pense Magro
Aprender a perceber, identificar e lidar com as emoções que levam ao impulso de comer é o melhor caminho para chegar ao emagrecimento e, principalmente, manter-se magro.
Muitas das vezes em que nos alimentamos, o fazemos, por outras razões, que não a fome.
Comemos para:
Passar o tempo;
Condicionamento (é hora da refeição);
Cansaço;
Ansiedade;
Raiva;
Tristeza;
Frustração;
Por vontade de mastigar algo;
Para acompanhar parentes ou amigos, etc.
Portanto, pode-se ver que o ato de comer tem, em muitas ocasiões, um sentido muito maior do que o simples ato de comer. Daí a importância de um tratamento que não veja a alimentação como um comportamento simples e fácil de ser mudado, e sim, como um sistema profundo e complexo.
O obeso é todo aquele que se encontra insatisfeito em sua relação com os alimentos, seja por saúde física, pela sociabilidade ou por suas emoções.
Todos sabemos quais são os alimentos mais e menos calóricos, gordurosos e saudáveis. Então:
1. Por que emagrecer torna-se tão difícil?
2. O que nos faz não conseguirmos ter uma alimentação balanceada?
3. O que nos leva a tentar vários tipos de dietas "miraculosas" ?
4. Usar produtos que nos vendem o "sonho" de sermos magros como se isso só fosse possível através de seu uso?
5. Por que nos sentimos tão "incompetentes, "impotentes", sem controle sobre o que comemos e quanto comemos?
Foi para responder a tais perguntas que resolvi fazer este site. Através de minha experiência em consultório, percebi que não adianta fazer exercícios físicos, alimentação balanceada e tomar medicamentos, se não procuramos internamente o porquê da obesidade. Aliás, as pessoas nem conseguem seguir um tratamento corretamente, se estiverem mal emocionalmente, normalmente o abandonam antes de chegar ao corpo e peso desejáveis.

Fome Física X Fome Emocional
O que quer dizer cada uma?

Fome física
, ou do estômago, é a fome fisiológica; nossa necessidade de reabastecimento. É a fome que sustenta a vida.

Fome emocional
, ou psicológica, é a fome que não tem ligação com a sustentação da vida. Implica em comer "apenas por que a comida está lá"; "porque alguém se preocupou em prepará-la"; "porque paguei pela comida", "porque tenho pena de jogar fora"; "porque me sinto ansioso"; "porque estou triste, frustrado, feliz, etc...". Por fim, a fome emocional é a que nos faz comer mais e mais, apesar de já estarmos satisfeitos ou até passando mal. É ela que nos faz engordar.
Aprendendo a reconhecer cada umaPara ajudar em seu emagrecimento é essencial aprender a reconhecer a diferença entre fome física e fome psicológica, e passar a comer apenas pela fome do estômago. Geralmente as pessoas compulsivas alimentares comem pela fome emocional e por isso engordam. Se sua mão, ou sua mente, movem-se em busca de comida quando você não está com fome, você é considerado uma pessoa compulsiva alimentar.
Para curar seu problema alimentar e emagrecer, é preciso que você restabeleça a ligação entre o alimento e a fome física, ou do estômago, ou seja, parar de procurar comida quando não estiver com fome, e se permitir comer quando tiver fome física, sem restrições alimentares (sem dietas proibitivas).
A cada vez que se alimenta quando seu estômago exige, você está realizando duas tarefas importantes: você nutre-se fisiológica e emocionalmente. Para isso: a cada vez que quiser comer, deve-se perguntar: "Estou com fome?"
Por mais simples que pareça essa pergunta, para as pessoas compulsivas, ela é muito complexa, pois, em geral, a última coisa em que pensam quando procuram comida é na fome.
Muitas vezes, a sensação de fome do estômago significa, para as pessoas que passaram muita privação na vida (principalmente as que já passaram e passam por dietas proibitivas) uma lembrança dos tempos ruins. Não conseguem sentir fome sem lembrar de todas as outras emoções que sempre acompanharam essa sensação.
Abandonando a compulsãoPara comer "normalmente", deixar de ser um compulsivo e emagrecer, você precisa agir como uma pessoa que se alimenta de maneira normal e colocar a comida, de novo, em seu devido lugar.
Toda criança sabe pedir comida quando tem fome e parar de comer quando satisfeita. Crianças seguras aprenderam, através de incontáveis seqüências de sentir fome e serem alimentadas, que o mundo responde às suas necessidades de maneira confiável. Na verdade, cada vez que uma criança faminta chora e é alimentada, reforça-se a mensagem de que suas necessidades serão satisfeitas e, em conseqüência, ela se torna um pouco mais forte psicologicamente.
Infelizmente, em determinado ponto do caminho entre a infância e a idade adulta, (existem várias causas para a compulsão alimentar), sua capacidade de reconhecer e aplacar a fome do estômago foi vencida pela compulsão de comer.
O primeiro passo a dar para retomar o antigo esquema de alimentar-se por necessidade é:
Esperar sentir a fome do estômago, e não seguir um horário pré-determinado para se alimentar (ex.: hora do café da manhã, almoço ou jantar). O que de fato importa é que você se alimente de acordo com a fome, e não, de acordo com o relógio.
Não pensar em "dieta" quando sentir a fome física. Não se privar. A privação leva à compulsão alimentar.
Por enquanto seu objetivo deve abandonar qualquer interferência externa como tabelas calóricas e horários de refeição. Sua referência deve ser interna (se perceber), e assim, o seu corpo o encaminhará nesse processo.
Alguns compulsivos temem iniciar esse processo, pois temem a intensidade da fome, e que essa os levem ao descontrole alimentar. "E se a minha fome não for saciada?". A única fome insaciável é a psicológica.
Muitos compulsivos não se permitiram esperar sentir fome física, pois ressentem ter de confiar em si mesmos para sua nutrição, o que é normal, pois quantas dietas eles já iniciaram e não foram capazes de chegar ao final, ou quando chegavam, voltavam a comer compulsivamente e a engordar? Na verdade, os compulsivos não têm base para confiar em si mesmos como provedores.
Se você está entre aqueles que temem a sensação de fome do estômago, deve enfrentar este medo e observá-lo de forma objetiva. De maneira realista. A fome fisiológica é uma sensação fácil de ser cuidada com a quantidade adequada * de comida. A cada vez que você se alimenta pela fome do estômago, demonstra a si mesmo que é capaz de satisfazer suas necessidades e ir adquirindo a autoconfiança.
Não se recrimine, não se xingue, não se culpe se acontecer (o que é provável) de você comer por emoção. Apenas perceba que o fez e se proponha tentar novamente esperar a fome física. Saber que pode contar com alguém tão atento e carinhoso quanto você mesmo irá diminuir sua necessidade de recorrer à comida quando estiver com problemas. Quanto mais comer pela fome física, menos precisará comer pela fome emocional.
O número casa vez maior de experiências da alimentação pela fome do estômago terá um efeito cumulativo, e com isso, a cura para a sua compulsão, o que resultará em seu emagrecimento, manutenção definitiva de seu peso e melhor qualidade de vida.
* Para saber a quantidade necessária, experimente o seguinte:
a) Espere a fome (física) para comer (perceba-se);
b) Coma devagar. Mastigue bem. Dessa forma a saliva pode cumprir o seu papel na digestão (a digestão se inicia na boca, e não no estômago). A mastigação lenta aciona o mecanismo de saciedade, que funciona assim: quando a quantidade necessária de comida chega ao estômago, esse envia mensagens químico-elétricas através de neurônios e hormônios até o hipotálamo (região do cérebro que responde pelo comando das principais atividades do metabolismo). A mensagem de "chega" dispara, então, a sensação de satisfação plena do apetite. Como todo esse processo leva algum tempo (minutos), recomenda-se comer devagar. Assim, atinge-se a saciedade com menos comida. Se você acha difícil, passe a repousar os talheres no prato a cada garfada.